segunda-feira, 8 de março de 2010

Etiqueta empresarial

por Sonia Zorzi*


Certa vez li um livro, cujo título chamou a minha atenção: Negócios, Negócios, etiqueta faz parte. Refletindo sobre o título, que a autora Claudia Matarazzo escolheu, percebi que muitos colaboradores, quer seja do alto escalão ou não, muitas vezes não tem consciência do significado da “Etiqueta Empresarial”, e maioria deles acham até “babaquice”.

Eu pergunto: O que você acha? Podemos refletir juntos?

Na vida nós somos atores sociais, isso significa que representamos papéis sociais, tais como: papel de filho (a) , amigo (a), colaborador (a), pai, mãe, vizinho (a), namorado (a) e tantos outros. Cada papel tem a sua importância e uma representação, ou seja, um conjunto de normas de conduta e padrões sociais.

Você pode até achar que normas e padrões não servem para nada, mas vez ou outra, ou ainda, vez em sempre, você age de acordo com elas, até por que todo indivíduo quer ser identificado, reconhecido e pertencer a um grupo social. Lembre-se de dois pontos, o ser humano é gregário, portanto não consegue viver isoladamente, e um conjunto de normas e padrões sociais representa a ética.

Assim sendo, queiramos ou não vivemos de acordo com a ética. Observe, até os rebeldes vivem de acordo com padrões e normas da rebeldia, vestem-se, penteiam-se, e agem de acordo com o grupo ao qual pertencem. Sendo assim, podemos concluir que cada um de nós, em cada papel social, age de acordo com a ética aceita pelo grupo social.

Neste momento você poderá estar se perguntando; Se existe padrão ele pode ser quebrado? Evidentemente que pode, e a história tem mostrado essa evolução, já que as mudanças são introduzidas de forma lenta e gradual, ao longo dos anos, e o ponto crucial é o aceite natural do grupo social desse novo padrão.

Voltando ao motivo dessa breve reflexão: Negócios, negócios, etiqueta faz parte. Sugiro que analisemos o seguinte: o que identifica um colaborador administrativo de uma empresa bancária ? O que leva esse indivíduo a ser contratado e aceito por esse segmento empresarial: conhecimento? Aparência pessoal ? Conduta pessoal? O que? Você saberia identificar?

Você já notou que os colaboradores administrativos dos bancos na grande São Paulo, têm mais ou menos a mesma aparência? Repare eles tem o andar semelhante, usam roupas parecidas, frequentam lugares em comum e comportam-se de maneira similar.

Será que só o conhecimento torna esses colaboradores semelhantes, ou há algo a mais como: aparência, conduta, valores?

Na contratação, os bancos sem dúvida, avaliaram o conhecimento desses colaboradores, no entanto não foi único item exigido para a contratação. A forma de agir (comportamento) e a aparência (imagem do comportamento), afirmo, foram o diferencial e tiveram o maior peso.

Empresas, de qualquer segmento, querem profissionais que as representem dignamente, que ajam de acordo com o que a sociedade espera de seus representantes. Imagine o diretor de uma empresa, numa primeira reunião com o diretor de uma empresa cliente, falando palavrões ao expor o seu produto. Ou uma outra situação: uma colaboradora, quando uma visita está passando, entrar no banheiro feminino deixando a porta aberta e falando mal da chefia em alto e bom som para que todos, inclusive a visita escute.

Existe milhões de situações, que eu poderia descrever aqui, demonstrando o quanto a imagem da empresa e do colaborador está comprometida por mal comportamento, por não atendimento as regras de etiqueta, ou mesmo por muitos acharem que essas atitudes são normais.

Conhecer e praticar regras de boa convivência, ou seja regras de etiqueta, ou ainda de ética tem como princípio a nossa história de vida. Indivíduos que foram cultuados na infância e perpetuaram essas regras por toda sua vivência, agem naturalmente, outros que não praticaram por desconhecerem, e mesmo aqueles que conheceram e não praticaram, nesse momento, terão de refletir sobre seu comportamento e provavelmente praticarem tais regras. Caso contrário correm o risco da rejeição.

Etiqueta, cumprir um padrão social ou agir com ética, significa agir adequadamente quando em sociedade. Essas regras de convivência saem do elitismo e passam por educação, higiene e bom relacionamento. Pedir por favor, licença; dizer obrigado, não querer levar vantagem; assim como não sentar nos coletivos públicos em bancos destinados aos idosos, as gestantes, aos deficientes físicos, quando não nos enquadramos nessas situações; são alguns dos exemplos que denotam o uso da etiqueta.
No ambiente de trabalho outros exemplos podem ser citados: não falar mal dos colegas; colaborar; não utilizar informações sigilosas para obter favores; não usar blusas (para as mulheres) muito decotada ou que deixem a “barriginha de fora”; usar o celular particular fora do ambiente de trabalho; não constrangir os colegas com palavrões, risadas ou mesmo diálogos inadequados; não beber exageradamente na festa da empresa; estar barbeado (para os homens diariamente); usar desodorante com fragância próximo do neutro; e outros.

Portanto, etiqueta faz parte do negócio, ou não? Embora a conclusão possar levar a caminhos pessoais, a ética, a etiqueta ou os padrões sociais não só fazem parte do negócio, mas estão intrinsicamente ligados as nossas vidas. Se quisermos cultivar relacionamentos quer seja afetivos ou empresariais temos de seguir as regras de etiqueta, ou seja as regras de convivência de educação.

Se você deseja saber mais sobre etiqueta social e empresarial, escreva, esclareça as suas dúvidas.

Boa semana a todos


*Sonia Zorzi é consultora empresarial, sócia diretora da soniazorzi learning, training e consulting, professora universitária em cursos de pós graduação, palestrante, Dra. em Administração de Recursos Humanos, Mestra em Educação e Master em Programação Neurolinguística.


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